Catequese: iniciação do amor



O Sínodo da catequese foi crítico com a situação atual da paróquia, necessitada de profunda renovação: De fato, muitas paróquias, por diversas razões, estão longe de constituir uma verdadeira comunidade cristã. No entanto, a via ideal para renovar esta dimensão comunitária da paróquia poderá passar por fazer dela uma comunidade de pequenas comunidades (Prop. 29;ChL 26, 34; DGC 258).
A comunidade é a origem, o lugar e a meta da catequese (DGC 254). É sempre da comunidade cristã que nasce o anúncio do Evangelho, que convida os homens e as mulheres à conversão e a seguirem Cristo. E é esta mesma comunidade que acolhe aqueles que desejam conhecer o Senhor e a comprometer-se numa vida nova. Ela acompanha os catecúmenos e os catequizandos, no seu itinerário catequético; e, com materna solicitude, chama-os a participar na sua própria experiência e fé e integra-os no seu seio.
A comunidade é o lugar ou âmbito normal da catequese (MPD 13). É como o seio materno onde se faz a gestação do homem novo por meio da Palavra de Deus, viva e permanente (I Pe 1, 23).
A catequese corre o risco de se esterilizar, se uma comunidade de fé e vida cristã não acolher o catequizando a certo passo da sua catequização. É por isto que a comunidade eclesial, a todos os níveis, é duplamente responsável em relação à catequese: antes de mais, tem a responsabilidade de prover à formação dos próprios membros; depois, também a de os acolher num meio ambiente em que possam viver o mais plenamente possível aquilo que aprenderam» (CT 24). A catequese cria comunidade e renova a comunidade. A catequese é: uma expressão permanente da vitalidade de uma comunidade cristã.
Durante a caminhada catequética o cristão descobre e experimenta o que é viver como cristão, e percebe, no concreto da sua vida, qual é o caminho da fidelidade, a Deus, a Cristo, e à Igreja. Descobre a Igreja como “casa, escola da comunhão”, a “barca” onde encontra a salvação. É uma caminhada, feita em comunidade eclesial, para descobrir toda a exigência e riqueza do batismo, sacramento que nos uniu a Jesus Cristo. Esta caminhada prepara o cristão para a “confissão da fé”, que ele deve exprimir na celebração litúrgica, na proclamação convicta do Evangelho e no testemunho de vida.
Como diz o Diretório: A catequese é, uma caminhada, que se faz em comunidade de fé. Na experiência da vida cristã, a dimensão comunitária prevalece sobre a individual. Neste aspecto o próprio grupo de catequese deve ter a qualidade e o dinamismo de uma pequena comunidade de crentes, que caminham em conjunto, sempre com a consciência de que é parte de uma comunidade mais alargada, com a qual celebram a Eucaristia.
Para que o grupo de catequese adquira o ritmo de uma pequena comunidade que caminha, “o catequista assume ser o rosto e porta voz da fé da Igreja e testemunha da experiência de fé das comunidades. Estes não só transmitem conhecimentos religiosos, mas iniciam nas várias dimensões da fé: na oração, na celebração da liturgia e no comportamento cristão, a partir da sua experiência pessoal de vida cristã.
A catequese deve estar integrada com outras pastorais. Para isso, os catequistas devem estar envolvidos na vida litúrgica e de serviço da comunidade. Por outro lado, os agentes pastorais também devem se interessar pela ação catequética. A integração entre catequese e grupos pastorais pode ser beneficamente fomentada por meio de parcerias. Assim em plena comunhão eclesial, tornamos visível e operante na vida das pessoas o amor do Pai, a graça redentora de Cristo, e a força do Espírito Santo.



Disse Jesus: “Deixai-vos vir a mim todas as crianças, porque delas é o Reino dos Céus”.

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