CATEQUESE É VIDA NA MISSÃO





       Querido catequista é com esta preocupação que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou a realização do Ano Catequético, em 2009, numa correspondência ao primeiro Ano Catequético celebrado há quase 50 anos em 1959. Será mais um impulso a esse trabalho, sem o qual não há como formar mais discípulos missionários, com o tema: “Catequese, caminho para o discipulado” e lema: “Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão” (Lc 24,13-35). Atentos à realidade de cada Igreja Particular, à luz do Documento de Aparecida, esperamos redefinir o direcionamento da catequese em nosso país. 

     Nessa perspectiva, conseguiremos distinguir melhor, de forma atualizada, o papel de cada um na missão de evangelizadores que somos. Não só à frente de grupos de catequizandos, mas principalmente no dia-a-dia, sendo exemplo para os demais, trazendo na fronte a marca de cristão, na disciplina pessoal, na dedicação a tudo o que se propõe, na caridade para com o próximo, lembrando que “aquele que foi evangelizado, evangeliza” (Paulo VI, “Evangelii Nuntiandi”, II,24). O cristão catequiza com um simples gesto, da mesma forma como pode depor contra Nosso Senhor, na intemperança, na incompreensão, no desamor.

O catequista deve, antes de tudo, ser um exemplo de vida, atrair as pessoas para junto de si e, então, poder lhes falar de Jesus, da sua Igreja e da obra da redenção. Ele sucede a uma plêiade de santos, padres, teólogos que, ao longo da história eclesiástica, cuidaram em esclarecer o Mistério de Cristo para fazê-lo sempre melhor compreendido e mais amado. Se buscamos mirar nos santos, nos mártires, em todos que se distinguiram pelas suas virtudes cristãs é porque eles tiveram preceptores que os prepararam de tal forma que se tornaram uma referência, tiveram bons catequistas.

“As condições do mundo atual tornam cada vez mais urgente o ensino catequético, sob a forma de um catecumenato, para numerosos jovens e adultos que, tocados pela graça, descobrem pouco a pouco o rosto de Cristo e experimentam a necessidade de a ele se entregar”, exortava, em 1975, o Papa Paulo VI (op. cit. IV, 44). Essa necessidade se faz mais fremente dentro da realidade atual e, por isso, recomendamos o zelo de nossos catequistas para buscarem sempre se aprofundar no conhecimento mais íntimo de Cristo e a solicitude de todos os cristãos para que, prontamente, atendam ao chamado para evangelizar.

De viva voz (katéchesis) haveremos se proclamar a boa nova a todas as nações, sem nenhum temor, destemidos, como os primeiros cristãos, para merecermos gozar da intimidade de Nosso Senhor, que nos revelou as maravilhas, unindo-nos na profissão de uma só fé em um só Deus. “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; chamei-vos amigos, porque vos manifestei tudo o que ouvi de meu Pai” (cf. Jo 15,15). Esperamos que cada vez sejamos construtores de uma sociedade pautada na prática da justiça social e da caridade aos menos empobrecidos.


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